Com capacidade para atender 60 milhões de pessoas, a Usina Hidrelétrica Belo Monte, localizada no rio Xingu, no Pará, é uma das maiores do mundo e responde por 10% da demanda do sistema elétrico brasileiro. A maior hidrelétrica 100% brasileira acaba de completar cinco anos de operação plena, marco alcançado em 2019 com o funcionamento da última das 18 turbinas.
Mesmo diante dos efeitos severos do fenômeno El Niño na região Norte, Belo Monte produziu, entre janeiro e junho de 2024, uma média de 20.414 GWh, o equivalente a 6% de toda a energia consumida no paÃs, conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Esse volume seria suficiente para abastecer as residências das regiões Norte e Centro-Oeste, e ainda o estado do Rio de Janeiro no mesmo perÃodo.
A usina também contribui para aliviar a pressão sobre os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, além de reduzir a necessidade de acionar termelétricas, evitando emissões de toneladas de CO2 na atmosfera.
De acordo com o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Belo Monte é a hidrelétrica com menor Ãndice de emissões de gases poluentes no bioma amazônico e a quinta mais eficiente do Brasil nesse quesito. Além disso, a expectativa é que suas emissões continuem caindo nos próximos anos.
Belo Monte e a segurança energética
Com a onda de calor recorde no Brasil esse ano, Belo Monte chegou a atender, sozinha, 12% da energia elétrica necessária, o que equivale ao suporte imediato de 60 milhões de pessoas.
"Está no centro do debate atual a importância das fontes de energia renováveis e limpas para alimentar os grandes centros urbanos, impulsionar a economia e assegurar o funcionamento dos serviços públicos essenciais sem prejudicar o meio ambiente. E a energia produzida por Belo Monte, além de renovável, vem garantindo essa segurança energética que o Brasil precisaâ€, avalia Paulo Roberto Pinto, presidente da Norte Energia, concessionária da Usina.
No campo ambiental, a Norte Energia recuperou 2,4 mil hectares de floresta amazônica, com o plantio de 1,5 milhão de mudas nativas, gerando emprego e renda para a população local. A meta é restaurar 7,6 mil hectares até 2045, com 5,5 milhões de mudas.
Em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Norte Energia implementou o primeiro corredor verde da Amazônia, com ônibus e um catamarã elétricos. A empresa também está desenvolvendo barcos elétricos de pequeno porte, acessÃveis para comunidades ribeirinhas, visando promover uma mobilidade fluvial sustentável na região.
Além de ser um pilar da segurança energética, Belo Monte desempenha um papel estratégico no desenvolvimento socioeconômico do Médio Xingu, onde gera atualmente 1.700 empregos diretos e indiretos. Desde o inÃcio de sua operação, a Usina pagou R$ 1,07 bilhão em royalties e investiu R$ 8 bilhões em ações socioambientais. Para as comunidades indÃgenas, foram destinados R$ 1,2 bilhão. Em Altamira, como consequência das melhorias levadas pela usina, o percentual de moradores abaixo da linha da pobreza caiu de 25%, em 2010, para 3% em 2023, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica).
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