Nesta semana, a Câmara dos Deputados deve votar o projeto de lei que tenta desestimular movimentos sociais ligados ao direito à terra e à reforma agrária, como o MST. A possibilidade foi ventilada pelo presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), durante reunião com líderes partidários. A proposta é “desestimular invasões”, mas mira apenas em grupos sociais mais pobres a princípio, já que empresários grileiros não seriam afetados por medidas como essa.
O projeto de lei determina que “invasores de propriedades” serão impedidos de receber auxílios ou benefícios de programas do governo federal, como o Bolsa Família. Também ficam impedidos assim como de tomar posse em cargos e funções públicas e nem firmar contratos com o poder público. Trata-se de uma proposta da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
Esse projeto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara no fim de abril e teve como relator o deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente do governo Jair Bolsonaro (PL). Salles foi relator da CPI do MST em 2023, que terminou sem apontar nenhum crime de fato do movimento e dar espaço para que as propostas e missões do grupo fossem conhecidas.
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