Agrande maioria dos homens classifica o câncer de próstata como uma doença da terceira idade. No Brasil, sem considerar os tumores de pele não-melanoma, o câncer de próstata é o mais comum em todas as regiões do país, representando 29% dos diagnósticos da doença em relação à população masculina, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Mas um fator que vem preocupando especialistas é o crescimento da doença em um público mais jovem.
Em São Paulo, 93,6% das internações ocorrem entre adultos e idosos de 55 anos ou mais. Um estudo publicado pelo Observatório Oncológico mostrou que nos últimos anos, houve um aumento de 5% no número de novos casos entre homens com idade entre 20 e 49 anos.
No entanto, o aumento observado pelo Instituto, se restringe ao número de casos e não de óbitos; ou seja, não houve aumento de mortalidade. Entre os fatores de risco do câncer de próstata existem dois principais: a hereditariedade (genética) e a idade.
Outro fator importante é manter hábitos de vida saudável. Embora a doença não esteja relacionada diretamente ao sedentarismo, o câncer de modo geral precisa de certos cuidados para ser evitado, como levar uma vida saudável, alimentação equilibrada, evitar uso de álcool, cigarros e cigarros eletrônicos.
Câncer de cólon e reto
Segundo levantamento do Inca, o segundo câncer mais comum entre os homens (exceto pele não melanoma) é o câncer de cólon e reto. Os números são inferiores aos de próstata, 20.540 novos casos, contra 65.850. Uma vez feito o diagnóstico precoce, este tipo de tumor, apresenta 90% de chance de cura.
Para conscientizar mais os homens e diminuir o machismo estrutural, a Sociedade Brasileira de Urologia em parceria com a Astrazeneca, fez uma pesquisa com 1.061 homens com idades entre 40 e 70 anos nas 10 principais capitais brasileiras e detectou que 77% dos entrevistados não fazem o exame por preconceito.
Câncer de próstata no Brasil e no mundo
A estimativa mundial apontou o câncer de próstata como o segundo câncer mais frequente em homens no mundo. Foram estimados 1.280 mil casos novos, o equivalente a 7,1% de todos os valores de cânceres considerados. Esse valor corresponde a um risco estimado de 33,1/100 mil.
No Brasil, os estados com maior taxa de casos, calculado para cada 100 mil homens são Sergipe, com (122,95), Tocantins (114,92), Piauí (99,76), Mato Grosso do Sul (93,30) e Rio Grande do Norte (86,42). Já os com menores índices são Pará (33,08), Santa Catarina (39,25), Amazonas (42,50), Acre (43,12) e Minas Gerais, com (43,78). Os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro tiveram estimativas de (45,69) e (55,87), respectivamente.
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